A Era do Stakeholder


Diálogo com partes interessadas ajuda a tornar propósito das empresas claro e efetivo

O engajamento de stakeholders foi um dos temas que mais ganharam importância no ciclo de relatórios 2019/2020. Com uma exigência crescente sobre a construção de reportes mais estratégicos e sobre os modelos de governança corporativa, investidores e iniciativas ligadas à sustentabilidade têm “convidado” as empresas que reportam a fornecer mais informações sobre o seu relacionamento com as partes interessadas. A lógica é que empresas que são mais transparentes com seus stakeholders tomam melhores decisões.

Mesmo que seja cedo para dizer que o sistema mudou, ou mesmo que vá se transformar, para um “capitalismo de stakeholders”, é fato que essas novas exigências trarão implicações para as empresas e seus reportes de sustentabilidade. Entre elas, uma percepção generalizada de que o sistema econômico não está funcionando tão bem quanto poderia, colocando em oposição o valor criado para o acionista e o valor compartilhado com os stakeholders. Novas iniciativas relacionadas à sustentabilidade estão perguntando às empresas qual é a razão pelas quais elas existem e como elas pretendem atender a um número maior de públicos de relacionamento.

Para que a resposta a essas demandas seja eficaz, as divulgações sobre o engajamento das partes interessadas devem refletir um diálogo bidirecional das empresas que relatam com os problemas levantados pelas partes interessadas, o acordo que foi construído a partir desse diálogo e qual foi o resultado. Pelo que se vê nos relatórios anuais e de sustentabilidade da última temporada, será preciso um certo tempo para as empresas se ajustarem e se sentirem confortáveis com o aumento do nível de transparência. Os relatórios são bons em descrever stakeholders e canais de comunicação, mas são mais propensos a falar sobre questões gerais do que desafios e resultados específicos. O ideal é que as informações apresentadas neste tópico dos relatórios (ou dos sites das empresas) reflitam a experiência da organização, demonstrando que melhores decisões estão sendo tomadas como resultado do processo.

O foco nas necessidades dos stakeholders vai levar as empresas a serem mais honestas sobre os trade-offs inevitáveis na operação de um negócio. A transição para uma economia de baixo carbono, por exemplo, apresentará vencedores e perdedores à medida que o capital e os funcionários mudarem para indústrias mais verdes. Os relatórios integrados, que existem desde 2013, incentivam as empresas a reportar esses trade-offs, mas poucas encaram o desafio.

Uma visão global dos stakeholders oferece aos investidores uma compreensão mais ampla dos negócios. Esses investidores estão, continuamente, mapeando os vencedores da crise proporcionada pela Covid-19 e, com certeza, estão levando em conta como as empresas cuidaram de seus funcionários e fornecedores durante a pandemia.

Só com o tempo saberemos até onde vai o “capitalismo de stakeholders”, mas já podemos garantir que esse processo já mudou o jeito como se deve fazer e reportar o engajamento de stakeholders.

A Approach ajuda seus clientes no mapeamento e engajamento de stakeholders, oferecendo as metodologias mais atuais articuladas com as melhores estratégias e peças de comunicação. Para saber mais, acessa a nossa página de produtos de sustentabilidade.

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